Natal: O Nascimento de Cristo Jesus

Natal, o dia em que se comemora o nascimento de Cristo Jesus

A Alegria de Belém: O Nascimento de Cristo Jesus

Primeiramente, vamos ressaltar que não se sabe ao certo o dia do nascimento de Cristo Jesus. Todavia, tornou-se costume, por superstição, comemorar-se no dia 25 de dezembro. Então, sabendo-se que muitos, nessa época do ano, procuram meditar no nascimento divino do Salvador, procurei discursar sobre esse tema.

Assim sendo, voltemo-nos ao texto de Lucas 2.8-14:

Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.

Após a leitura, desejo ressaltar que este artigo tem como inspiração o sermão do pastor Charles Spurgeon intitulado “A Alegria Nascida em Belém”. Recomendo, portanto, a leitura na íntegra para aqueles que desejam se beneficiar da riqueza do Evangelho.

• Caso esteja interessado em saber mais sobre Charles Spurgeon, leia “A Vida de Charles Spurgeon”

Além disso, vou evidenciar pontos do sermão que, espero, direcionem o leitor ao verdadeiro significado do Natal.

A Verdadeira Alegria Anunciada

Seguindo o exposto, os anjos anunciam o nascimento de Cristo Jesus, o Filho de Deus. E, também, proclamam a grande alegria que caracteriza este evento, como sendo a maior alegria já vista e apresentada aos homens. Ou seja, o anjo destaca que o Evangelho não é apenas uma alegria comum, mas o maior, o único e verdadeiro motivo pelo qual os homens deveriam se alegrar. E isso se deve única e exclusivamente pelo nascimento divino de Cristo Jesus.

Em síntese, não há outro significado real para o natal. Embora, muitas pessoas o almejam pelo contato com os familiares, o descanso, as grandes ceias, as festas ou superstições que o rodeiam, nenhuma dessas coisas tem amparo bíblico para definir o verdadeiros significado do dia. Nenhum valor há nesses motivos, por isso, a Palavra de Deus não atribui a nada mais, além do nascimento do Senhor, o verdadeiro motivo à alegria dos homens. Se, portanto, reduzirmos o natal a um mero encontro familiar, as festas não têm mais valor do que outras que ocorrem ao longo do ano.

Vale ressaltar que há pessoas que, inclusive, deixam de ir aos cultos nesse dia para comemorar o natal com os familiares ou amigos. Tal comportamento não faz o menor sentido, veja que os pastores não se afastaram de Cristo, mas se aproximaram dEle. Ao ouvir a mensagem do anjo, a Bíblia afirma: “E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura” (Lc 2.16). Ou seja, os pastores procuraram a Cristo, eles O buscaram “apressadamente”.

Dessa maneira, se de fato as pessoas entendessem o sentido do natal, ou fossem verdadeiras no que dizem, elas não teriam outra reação senão correr para os pés de Jesus Cristo e adorá-Lo.

Dito isso, vamos ver algumas características dessa alegria anunciada pelos anjos.

A Alegria é Cristo

Dando continuação, é possível ressaltar que a alegria anunciada pelos anjos é imensurável. Ou melhor dizendo, não pode ser totalmente compreendida pelo ser humano, nem pode ser medida por algum instrumento terreno. Além disso, a alegria é eterna, pois perdura para todas as gerações. É a fonte da felicidade de todos os pecadores para todo o sempre. Nunca houve tempo que ela não fizesse o coração do cristão jubiloso e, de igual modo, nunca haverá outro motivo verdadeiro pelo qual o homem deve se alegrar.

Dessa forma, a alegria do nascimento de Cristo é a essência de todas as outras puras e santas alegrias já vividas e esperadas pelos cristãos. O perdão, a salvação e a glorificação dos pecadores tem como origem, meio e fim, Cristo Jesus, o Salvador do Seu povo. É nEle que estão asseguradas todas as promessas, sejam terrenas, espirituais ou eternas. Inclusive, é em Cristo, que o cristão se achega a presença soberana de Deus, O Pai, para fazer as suas orações.

O Evangelho Proclamado

Ainda, a alegria do Evangelho, as “novas de grande alegria”, é fundada em si mesma, no Senhor de toda terra. Não são necessárias festas, comemorações, danças para alimentar o espírito dessa alegria. Ela é única em si mesma e, portanto, não pode ser originada de outro lugar, senão no próprio Cristo.

Igualmente, os pastores se apressaram em buscar o menino, motivados pela revelação da Aliança Divina aos homens. A promessa proclamada em Gênesis 3.15 e o cumprimento da Aliança com Abraão agora se tornam patentes aos olhos. Deus, em Sua infinita Graça, trouxe a Esperança ao mundo; Ele veio à terra, ratificando Sua Palavra; visitou Seu povo e o redimiu. É no Evangelho, assim, que a alegria dos homens encontra sua base, e tudo que é genuíno somente provém dEle.

Então, toda alegria experimentada no Natal que não derive exclusivamente de Cristo perde sua essência. Além disso, se essa alegria não resultar em um profundo amor pelo Evangelho e no constante desejo de estar na presença de Deus, não reflete a verdadeira celebração do nascimento de Cristo. Recomendo, portanto, uma autoanálise para avaliar a origem dos seus sentimentos neste período. Você realmente celebra o nascimento de Cristo conforme afirma? Existem evidências disso em sua vida? – É somente assim que suas ações, pensamentos e emoções estarão alinhados com suas palavras. E, consequentemente, você experimentará um verdadeiro Natal cristão, não apenas neste dia, mas ao longo de todo o ano, contemplando essa Verdade que garante a felicidade eterna, pura e santa – a Alegria celestial. Em resumo, a Alegria provinda do céu.

O Nascimento de Cristo e a Alegria do Seu Povo

Além disso, um sinal específico é concedido aos pastores para fortalecer a fé deles: encontrarão “o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Este retrato de Cristo Jesus, O Salvador, coberto em simples panos e descansando sem ostentação em uma manjedoura, revela verdades atualmente esquecidas nas celebrações natalinas, como a humildade que o Filho do Homem veio a terra.

Nesse sentido, é notável como muitos distorcem o verdadeiro significado do Natal, negligenciando o nascimento de Jesus, o que se reflete em suas extravagantes celebrações natalinas. A preocupação excessiva em ornamentar casas, adquirir decorações e planejar presentes impede que muitos cristãos reconheçam a simplicidade da vinda de Cristo à terra. É crucial notar que, embora Deus seja Soberano e detentor de tudo eternamente, Seu Filho nasceu em uma manjedoura simples, pois “não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2.7). Charles Spurgeon aborda esse ponto ao dizer:

A Humildade do Evangelho

Este é, portanto, o Evangelho de Cristo. Não são as superstições, tradições humanas, pinturas angelicais misteriosas, taças de cristais, ceias ou festas que descrevem o verdadeiro sentimento grandioso do nascimento de Cristo. Mas, sim a humildade com que o Filho de Deus veio para Salvar pecadores.

Assim, ainda que as decorações do Natal possam ser bonitas e ilustres aos olhos, nenhuma delas se compara a verdadeira e exclusiva beleza que está presente no nascimento do Salvador. Cristo é o único motivo, o principal, o verdadeiro, o essencial, a fonte única para que aquele dia fosse o dia de “novas de grande alegria” e que traz alegria para todos os povos.

Vale ressaltar que os magos entenderam a importância daquele dia, o quão simples e, ainda assim, mais grandioso que todos os demais, foi o dia em que Cristo nasceu. E, portanto, correram apressadamente para adorá-Lo.

O Nascimento de Cristo: As Novas de Alegria

Em resumo, o nascimento do Senhor Jesus é motivo de alegria para todos os homens que O conhecem e O adoram como Salvador de suas almas. É a alegria verdadeira que flui da graça de Deus para os seus corações. É o único motivo pelo qual os homens vivem e respiram nesse mundo. Não há outra razão pela qual vivem senão: “na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.“

Então, se você é cristão, é importante refletir sobre como tem celebrado o nascimento de Jesus, o natal, conforme declara. Contudo, essa celebração não deveria se limitar a apenas um dia no calendário. A obra do Senhor deve ser tão profundamente enraizada em seu coração que, assim como os magos, você glorifique a Deus e testemunhe o que ouviu e viu, por meio de Sua santa e verdadeira Palavra, para sempre.

De igual modo, lembremo-nos que Cristo nasceu em uma manjedoura, pois não havia lugar para Ele na hospedaria. Humildemente, traço um pensamento importante: muitas festividades natalinas também não possuem espaço para Cristo. Elas não refletem a essência daquele glorioso dia que perdura para sempre, porque o nascimento de Cristo não é real fonte da sua celebração. Entende-se que se Jesus não for a razão exclusiva, Ele não estará presente. Cristo não deve ser um convidado, mas O centro – O começo, meio e fim da sua adoração e alegria nesse dia.

Portanto, é importante estar seguro que Jesus é único motivo da sua felicidade neste natal e, que suas ações, assim, demonstrem. Enfim, meditemos na Verdade das Escrituras, celebrando um verdadeiro Natal, todos os dias, e descansando na profunda e duradoura paz que vem de Cristo.