Com reverência, compartilho o poema “A Soberania de Deus”. Ele é uma composição inspirada na gloriosa doutrina da soberania de Deus, um pilar da fé reformada. Assim, este poema tem como propósito uma meditação profunda sobre como o Senhor governa todas as coisas. Ou seja, em Sua infinita sabedoria e poder, Deus rege desde a criação até a salvação dos eleitos, incluindo o novo nascimento, a oração e o destino de justos e ímpios.
Ademais, a soberania divina, revelada nas Escrituras, nos mostra que nada escapa ao controle do nosso Deus trino. Primeiro, o Pai escolhe. Depois, o Filho redime. Por fim, o Espírito regenera. Tudo isso ocorre conforme o conselho da Sua perfeita vontade (Efésios 1:11). Portanto, este poema ecoa essa verdade e celebra a majestade de Deus. Em resumo, o Senhor criou o universo, o sustenta e o conduz a um fim glorioso, para a exaltação do Seu nome.
Dessa forma, neste texto, você verá os grandes temas da fé reformada entrelaçados em versos. Entre eles estão a incapacidade humana diante de um coração caído, a graça irresistível que nos vivifica, a oração como meio ordenado por Deus e o chamado à adoração com santo temor e gratidão. Ainda, cada estrofe convida você a contemplar a grandeza do Salvador e a se prostrar diante dAquele que governa tudo e todas as coisas. Além disso, que essas palavras poéticas glorifiquem Aquele digno de toda honra e louvor. Que, também, humilhemo-nos ante Sua majestade, reconhecendo que “dEle, por meio dEle e para Ele são todas as coisas. Amém” (Romanos 11:36).
A Soberania de Deus
Ó Deus supremo, Rei da eternidade,
Do Teu trono firme flui toda Verdade.
Do início ao fim, Teu plano é perfeito,
Tua é a glória por direito
Pai soberano, antes do existir,
Escolheu os Teus para Te servir,
Teu decreto eterno, amor sem igual,
Predestinou-nos para sacerdócio real
Filho bendito, na cruz se entregou,
Pelos eleitos o sangue derramou,
Propiciação plena, vida nos deu,
O novo nascimento ali se ergueu
Espírito Santo, sopro celestial,
Vivifica a alma, poder sem igual,
Qual vento que sopra, livre a reinar,
Teu santo ministério vem nos selar
Pois, mortos em delitos, o homem jazia,
Cego e perdido, em vil trevas vadia.
Mas Teu Espírito, com força eficaz,
Da morte à vida, aplicou-nos a paz
Soberano em Tudo
Tudo formaste, o céu e a terra a proclamar,
Teu firme intento jamais poderão abalar,
Das leis traçadas ao coração mais hostil,
Teu santo cetro governa todas as gerações, sem fim
Na cruz de Cristo, Teu decreto evidenciou,
Cada detalhe Tua mão guiou.
Profecias firmes, infalíveis são,
Revelam Teu propósito em execução
O homem caído, escravo do mal,
Seu coração torpe rejeita o ideal.
Livre para o pecado, mas preso a si,
Sem Teu chamar, não busca o que é reto diante de Ti.
Aos justos dás vida, força e direção,
Guias seus passos com Tua mão.
Preservas os Teus, com graça os ilumina,
Nova criatura, em Ti se firma.
Sobre os ímpios, Teu freio se nota,
Conténs o mal que no coração rebelde brota.
Abrandes ou endureças, Teu plano realizas,
Assim, tudo converge à Tua glória e a tua Justiça ensinas.
- Nesse contexto, leia, também, o poema: “A Grandeza de Deus”
Soberania na Oração
Na oração, Teu povo a Ti se inclina,
Não muda Teu plano, mas Teu amor determina.
Decreto e prece, em Ti se unem,
Teu nome é honrado, todos se curvem
Não é vencer Tua santa vontade,
Mas render-se à Tua fidelidade,
Pelas Escrituras, Teu intento se vê,
Pedir em Cristo é Teu sim receber.
Gratidão flui por Teu grande amor,
Alegria eterna em meu Salvador.
Adoro Teu ser, perfeito e sem par,
Tudo é Teu, em Ti sempre hei de louvar.
Tua doutrina, base do meu viver,
Revela Teu querer, faz-me Te conhecer.
Repudia obras da carne, humilha o pecador,
Assim, levas a alma remida ao Teu santo louvor.
No fim, ao Senhor todos hão de clamar
Pois, o Rei Eterno há de voltar.
Então, todo joelho se dobrará e a língua confessará
Que o Senhor é Deus, o Leão da Tribo de Judá.
Preciosa Memória
