Nesta Páscoa, meus irmãos, chamamos vocês a relembrar, de forma didática, a segurança no sangue de Cristo como o único e suficiente meio de Salvação, nossa Viva Esperança. Assim sendo, inspirei-me no sermão intitulado “O Sangue”, do querido pastor Charles Haddon Spurgeon. Essa mensagem teve por fundamento o versículo: “Vendo eu o sangue, passarei por cima de vós” (Êxodo 12:13). Nesse sentido, compartilharei ricas lições que aprendi nesse sermão. Totavia, lembro-vos que o cristão genuíno não celebra a páscoa, como a maioria das pessoas (cristãs ou não). O que o salvo realmente celebra é a Santa Ceia do Senhor, que é o que a páscoa verdadeiramente representava na Antiga Aliança.
“[…] porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co.5.7-8)
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ToggleA Segurança do Cristão no Sangue de Cristo
Dito isso, o pastor inicia seu sermão manifestando a única verdade singular e perfeita para todo salvo em Cristo: a segurança do Sangue do Cordeiro. Para os que estão em Jesus, não há notícia mais necessária e plenamente satisfatória do que essa: nEle, e somente nEle, repousa a sua e a minha segurança!. Veja que naquela noite terrível no Egito, quando o próprio Jeová marchou pelas ruas com a espada da justiça, nenhum fio de cabelo de um israelita sofreu dano. Por quê? Porque o sangue do cordeiro pascal, aspergido nas vergas e umbrais das portas, era o sinal que fazia Deus “passar por cima”.
Dessa forma, a mensagem nos lembra que, assim como naquela noite, Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29), salva-nos pelo seu sangue. Não havendo nenhum outro meio de salvação!
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4:12)
A Natura, Eficácia e Poder do Sangue de Cristo
Ademais, o sangue de Cristo é divinamente designado. Jesus não veio ao mundo por iniciativa própria, mas foi enviado pelo Pai, escolhido desde a eternidade para ser nosso Redentor (Apocalipse 13.8). Portanto, saber que o sacrifício de Cristo é a vontade do próprio Deus dá confiança para todo cristão confiar plenamente e unicamente em Sua obra.
Ainda, o sangue é de uma vítima impecável. Cristo, sem pecado, morreu não por Suas falhas, mas pelas nossas, de cada pecador. Como o pastor Spurgeon ilustra, ao vermos o Cordeiro sangrando na cruz, devemos lembrar que “não por Seus próprios pecados, mas pelos nosso, pois Ele morreu para expiar”. Diante disso, podemos ver a gravidade dos nossos pecados e a perfeição do nosso Salvador.
Também, o sangue de Cristo é divino. No sermão o pastor exalta a divindade de Cristo, cuja morte tem poder infinito porque Ele é “Verdadeiro Deus” (Jo.1.1). Essa certeza da Deidade de Jesus enche os salvos de alegria, pois “não há mais condenação para quem está em Cristo Jesus” (Rm.8.1). Isso porque o sangue é do Deus-Homem.
Sem necessidade de Outro
Assim, o precioso sangue foi derramado uma vez por todas. Diferentemente dos sacrifícios repetidos do Antigo Testamento, o sacrifício de Cristo é completo, sem necessidade de outro.
“Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus” (Hebreus 10:12)
Portanto, a declaração de Jesus ao proferir: “Está consumado!” (João 19:30), traz a verdadeira paz, porque não há nada a adicionar à Sua obra perfeita. Além disso, o sangue foi aceito por Deus. Isso entendemos, em Sua ressureição:
“Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós somos testemunhas disso” (At.3.15)
Assim, a ressurreição de Cristo é o selo divino de que Seu sacrifício foi suficiente. Como o pregador Spurgeon descreve, quando o anjo rolou a pedra do sepulcro, foi Deus assinando a “Carta Magna da Salvação”!
Resumindo…
Em síntese, a leitura do sermão leva o cristão a refletir sobre a condição para a salvação, que o pregador Spurgeon resume de forma tão consoladora: “Deus ver o sangue”. Ou seja, não é necessário que eu veja o sangue com clareza, pois meus olhos da fé podem ser fracos e vacilantes. Mas os olhos de Deus nunca falham. Ele vê o sangue de Cristo, apresentado continuamente diante de Seu trono, e por causa desse sangue, Ele perdoa os nossos pecados e somos limpos. Sob essa perspectiva, essa verdade traz grande alívio, especialmente ao considerar as dúvidas que permeiam coração do cristão genuíno.
“O Sangue de Cristo, então, sozinho, Salva!” (Spurgeon, “O Sangue”)
Sendo assim, que o cristão encontre repouso na cruz, não permitindo que nada usurpe o lugar do sacrifício de Jesus. Que o pecador, tremendo sob o peso do pecado, tenha fé para confiar no Cordeiro que foi morto e ressuscitou. E que todos nós, juntos, celebremos O Verdadeiro Cordeiro Pascal para todo os sempre!
“E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.” (Mateus 26:26-29)